Workshop de Inundações da América do Sul





 


1983: risco estimado de 170 anos
    62 dias de duração
    US $ 78,1 milhões em prejuízos
    maior cota de inundação em 107 anos
    com os dados de1930-1983, foi estimado um
    tempo de retorno da ordem de 1000 anos.

1992: risco estimado de 50 anos,
    65 dias de duração
    US $ 54,6 milhões em prejuízos

    Já em 1983, a população fez uma dedução simples: “antes da barragem não tinha enchentes, e depois da barragem nos inundamos, a causa é a barragem” passou a considerar a Usina de Foz de Areia e a COPEL os grandes culpados pela enchente.
    O conflito foi perdendo força, mas ressurgiu em 1992. Estudos independentes (Tucci e Villanueva, 1997), contratados pela CORPRERI, confirmam que Foz do Areia não teve influência significativa sobre os níveis das enchentes de 1983 e 1992.

Os avanços conseguidos desde as enchentes:

Dialogo produtivo CORPRERI - COPEL - Prefeituras (termo de compromisso sobre enchentes);
Sólido embasamento técnico para as medidas de controle de enchentes;
A COPEL continua aprimorando os estudos sobre o escoamento no rio Iguaçu e sobre a operação de Foz do Areia;
Possíveis medidas solução estrutural já analisadas (retificação de curvas, rebaixamento do leito do rio), e descartadas.


Porto União tem leis (1992 e 2002) de restrição ao uso de áreas de risco de inundação.
União da Vitória tem Plano Diretor (1991), que foi revisado para incluir o controle de enchentes.
- Ferramentas digitais de processamento de informação;
- Base de dados de uso do solo;
- Medidas de restrição, compensatórias e de incentivo.
    As preocupações ainda existentes na população, ainda há desconfiança em relação à responsabilidade de Foz do Areia e da COPEL nas enchentes de 1983 e 1992. Existe uma certa idéia de que quando o problema das inundações seja resolvido, todos os problemas das cidades vão estar solucionados. A população vê o plano como uma “interferência”, que vai obriga-los a abandonar seus lares.
    Não está clara para a população a relação entre os prejuízos causados pelas enchentes e a necessidade do plano de ocupação do solo muitas das áreas alagáveis são urbanisticamente boas (bem situadas em relação centro da cidade, boa infraestrutura, e, quando não inunda, a proximidade do rio é agradável).
    Há população que deseja ficar nas áreas de inundação e se diz disposta a assumir o ônus. A reação dessa população quando chega a enchente é uma incógnita.